Temer não gosta de declaração do Ministro da Justiça e diz que vai manter escolher de PGR por


O presidente interino, Michel Temer, não gostou de ver o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, declarar publicamente, quatro dias após sua posse, que o governo não é obrigado a indicar para o cargo de procurador-geral da República os integrantes da lista tríplice elaborada pela categoria. Temer deu um puxão de orelhas em seu ministro em reunião na tarde de segunda-feira e disse que vai manter a forma de escolha. Disse ainda que todos em seu governo têm autonomia para falar, mas que é preciso deixar claro o que é posição pessoal e o que é proposta de governo. E esta deve ser discutida com ele antes da declaração pública, para evitar versões divergentes.

Este foi mais um revés da gestão interina que, antes de completar uma semana, já se envolveu em polêmicas, como a falta de mulheres e negros no Ministério, o fim da pasta da Cultura, e as manifestações e panelaços de protesto.

Na conversa com Temer, Moraes alegou que foi “mal interpretado”. Mais cedo, em nota, o ministro afirmou que não havia tido conversa prévia com o presidente interino sobre os critérios de nomeação do procurador-geral da República. Em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo”, Moraes defendeu que o presidente escolha um procurador da carreira para a chefia do Ministério Público. Indagado sobre a lista tríplice feita pela categoria, Moraes alegou que isso não está no texto constitucional.



O Globo

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