Após 22 dias, termina ‘greve branca’ de PMs no Espírito Santo




Desde meio-dia deste sábado, 25, o policiamento nas ruas do Espírito Santo foi totalmente regularizado, após o fim da “greve branca” – como definiu a Justiça – promovida pelos policiais militares depois que familiares bloquearam batalhões desde o início do mês, impedindo a saída de viaturas. O término do movimento, que reivindicava reajuste de 43% nos salários, foi acordado em uma reunião iniciada às 22 horas de sexta-feira e encerrada apenas às 6h30 do dia seguinte.

Segundo a Secretaria de Segurança capixaba, desde sexta-feira, o motim já vinha perdendo força, mas 19 cidades do Estado ainda não estavam com 100% do policiamento nas ruas. Agora, todas as cidades estão com policiamento total. “A nossa principal premissa era evitar o uso da força e isso foi feito. A segunda era resolver isso pelo diálogo e isso também foi feito”, afirmou o comandante-geral da Polícia Militar do Espírito Santo, coronel Nylton Rodrigues

Segundo ele, os PMs que retornaram ao serviço vão ter a situação atenuada, caso estejam respondendo a qualquer tipo de procedimento administrativo ou inquérito policial. “Não haverá nenhum tipo de perseguição, a instituição não quer isso. Queremos valorizar os bons policiais. A conduta dos policiais será individualizada”, afirmou. Também conforme a Secretaria, 2.580 agentes estão respondendo a inquéritos policiais-militares (IPMs) em razão do movimento.

Na reunião, o governo do Estado se comprometeu a não instaurar novos procedimentos administrativos disciplinares (PADs) e não mover ações contra as associações de policiais. Estavam presentes no encontro duas líderes do movimento de mulheres de PMs, secretários de governo, integrantes da Defensoria Pública da União e representantes do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

O governo concordou com uma das principais reivindicações das famílias: a obrigação de um retorno em até 45 dias – a contar da data de transferência – dos agentes para o seu local de origem. Na semana passada, 55 militares foram transferidos para outros batalhões e companhias. Foi acertado também que não haverá novas transferências de soldados da Grande Vitória para o interior do Estado e vice-versa, mesmo que ocorra uma eventual reformulação na corporação, como o comando chegou a aventar.

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