O lobista Jorge Luz reconheceu em alegações finais entregues ao juiz Sérgio Moro nessa quinta-feira (31) que repassou propina a agentes do PMDB, mas rechaçou as acusações de que parte do dinheiro movimentado por ele teve como beneficiário o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha.
Jorge Luz negou que tenha atuado no pagamento de US$ 449 mil a Eduardo Cunha , fato narrado na denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal. A acusação é analisada em ação penal que apura repasses de propina relacionada a contratos para construção e operação dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitória 10.000 pela estatal.
Apesar da negativa, o lobista já reconheceu ter transferido R$ 11,5 milhões a quatro políticos do PMDB: os senadores Renan Calheiros (AL) e Jader Barbalho (PA), o deputado Aníbal Gomes (CE) e o ex-ministro Silas Rondea.
A defesa de Jorge Luz menciona trechos de depoimentos dos lobistas Júlio Camargo, Fernando Baiano e dele próprio ao refutar a acusação. Júlio Camargo é acusado de atuar em favor da Samsung Heavy Industries em negócios com a Petrobras e disse a Moro que desconhecia o envolvimento de Jorge Luz nas operações financeiras. Fernando Baiano, por sua vez, também confirmou que os repasses a Cunha não passaram por Jorge.
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