O dólar atingiu nesta segunda (23) o maior patamar em relação ao real em mais de três meses, em um movimento de valorização também observado em moedas de outros emergentes. A Bolsa brasileira acompanhou a piora do humor em Wall Street e teve um dia de realização de lucros.
O dólar comercial subiu 1,31%, para R$ 3,232, no maior nível desde 11 de julho (R$ 3,254). Foi também a maior valorização diária desde 18 de maio, no dia seguinte à delação do empresário Joesley Batista, da JBS.
O dólar à vista avançou 0,92%, para R$ 3,215, maior patamar desde 12 de julho (R$ 3,2159).
A Bolsa brasileira teve queda de 1,28%, para 75.413 pontos.
A apreciação do dólar ocorreu em relação a 27 das 31 principais moedas do mundo. Só a rupia indiana, a libra esterlina, o won sul-coreano e o peso argentino conseguiram fechar em alta em relação à divisa americana. O real e a lira turca tiveram a maior desvalorização ante o dólar, superior a 1%.
Segundo Raphael Figueredo, sócio-analista da Eleven Financial, o movimento refletiu questões envolvendo os Estados Unidos. A principal é a expectativa de que a reforma tributária planejada pelo americano Donald Trump atraia para os Estados Unidos dinheiro que as multinacionais deixam em outros países, principalmente emergentes.
“É como se fosse uma fuga de capitais pela possibilidade de aproveitar a redução de imposto nos EUA. Se as multinacionais demorarem muito a trazer o dinheiro para os EUA, podem pegar uma cotação pior do dólar. Esse movimento de saída de dólares de volta para os EUA acaba desvalorizando as moedas globais, entre elas o real”, diz.
Na noite da última quinta (19), o Senado americano deu um passo significativo na direção da reforma tributária, ao aprovar uma resolução orçamentária que protegeria uma proposta de US$ 1,5 trilhão (R$ 4,8 trilhões) em cortes de impostos contra manobras democratas para postergar a votação.
Outra dúvida é sobre quem será o próximo presidente do banco central americano. Trump prometeu anunciar o nome do escolhido antes de sua viagem à Ásia, que começa em 3 de novembro. “Dois nomes cotados têm perfil mais agressivo [John Taylor, economista da Universidade Stanford, e Jerome Powell, diretor do Fed], o que pode significar mais aumentos de juros nos EUA”, diz Figueredo.
Essa tendência pode ganhar força principalmente após a divulgação da primeira estimativa do PIB (Produto Interno Bruto) americano no terceiro trimestre. A expectativa dos analistas consultados pela agência internacional Bloomberg é de que a economia americana cresça a uma taxa anualizada de 2,5%.
A probabilidade de aumento da taxa de juros nos Estados Unidos para a faixa entre 1,25% e 1,5% na reunião de dezembro está em 83,4% –no encontro do próximo dia 1º, a expectativa é de manutenção dos juros entre 1% e 1,25% ao ano.
Folhapress
O dólar comercial subiu 1,31%, para R$ 3,232, no maior nível desde 11 de julho (R$ 3,254). Foi também a maior valorização diária desde 18 de maio, no dia seguinte à delação do empresário Joesley Batista, da JBS.
O dólar à vista avançou 0,92%, para R$ 3,215, maior patamar desde 12 de julho (R$ 3,2159).
A Bolsa brasileira teve queda de 1,28%, para 75.413 pontos.
A apreciação do dólar ocorreu em relação a 27 das 31 principais moedas do mundo. Só a rupia indiana, a libra esterlina, o won sul-coreano e o peso argentino conseguiram fechar em alta em relação à divisa americana. O real e a lira turca tiveram a maior desvalorização ante o dólar, superior a 1%.
Segundo Raphael Figueredo, sócio-analista da Eleven Financial, o movimento refletiu questões envolvendo os Estados Unidos. A principal é a expectativa de que a reforma tributária planejada pelo americano Donald Trump atraia para os Estados Unidos dinheiro que as multinacionais deixam em outros países, principalmente emergentes.
“É como se fosse uma fuga de capitais pela possibilidade de aproveitar a redução de imposto nos EUA. Se as multinacionais demorarem muito a trazer o dinheiro para os EUA, podem pegar uma cotação pior do dólar. Esse movimento de saída de dólares de volta para os EUA acaba desvalorizando as moedas globais, entre elas o real”, diz.
Na noite da última quinta (19), o Senado americano deu um passo significativo na direção da reforma tributária, ao aprovar uma resolução orçamentária que protegeria uma proposta de US$ 1,5 trilhão (R$ 4,8 trilhões) em cortes de impostos contra manobras democratas para postergar a votação.
Outra dúvida é sobre quem será o próximo presidente do banco central americano. Trump prometeu anunciar o nome do escolhido antes de sua viagem à Ásia, que começa em 3 de novembro. “Dois nomes cotados têm perfil mais agressivo [John Taylor, economista da Universidade Stanford, e Jerome Powell, diretor do Fed], o que pode significar mais aumentos de juros nos EUA”, diz Figueredo.
Essa tendência pode ganhar força principalmente após a divulgação da primeira estimativa do PIB (Produto Interno Bruto) americano no terceiro trimestre. A expectativa dos analistas consultados pela agência internacional Bloomberg é de que a economia americana cresça a uma taxa anualizada de 2,5%.
A probabilidade de aumento da taxa de juros nos Estados Unidos para a faixa entre 1,25% e 1,5% na reunião de dezembro está em 83,4% –no encontro do próximo dia 1º, a expectativa é de manutenção dos juros entre 1% e 1,25% ao ano.
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